Passeio em Familia imperial brasileira

A Cidade imperial de Petrópolis – Estado do Rio de Janeiro

A Cidade imperial de Petrópolis

Poucas cidades brasileiras têm um patrimônio imperial tão vasto e bem preservado como a cidade imperial de Petrópolis. As lembranças desse momento da história do Brasil estão por toda parte: em monumentos, construções e nomes de ruas e praças, o que a transforma num excelente passeio a somente 2 horas do Rio de Janeiro.

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1. Tudo começou com o caminho do Ouro e Dom Pedro I:

A Serra da Estrela, onde fica Petrópolis, só foi realmente explorada 200 anos após o descobrimento do Brasil, devido ao enorme paredão montanhoso de mais de 1000 metros de altura que tinha que se ultrapassar.

Até que foram descobertas minas de ouro em Minas Gerais, e em 1704 foi construído o “Caminho Novo“, ou “Caminho do Ouro”, ficando a região onde se localiza Petrópolis passagem e apoio dos tropeiros e viajantes no Caminho Novo da Estrada Real, no trajeto do Rio de Janeiro a Minas Gerais.

2. Dom Pedro I:

Em suas viagens, o Imperador D. Pedro I hospedou-se na região em companhia de sua família e se encantou com a paisagem  da mata Atlântica e o clima ameno. Ele adquiriu a Fazendo do Córrego Seco para realizar seu sonho de construir o Palácio da Concórdia, sua residência de verão.

Dom Pedro também comprou terras no Alto da Serra, Quitandinha e Retiro, expandindo a sua fazenda.

3. Fundação da cidade imperial de Petrópolis por Dom Pedro II:

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Os planos só foram concretizados anos depois, mas pelo seu filho d. Pedro II, que assinou o decreto de fundação do povoado de Petrópolis em 16 de março de 1843.

Além da construção de um Palácio Imperial, o projeto previa a urbanização de uma vila ao redor, a criação de Quarteirões Imperiais, de uma igreja e de um cemitério.

4. Julius Friedrich Koeler:

O Mordomo Paulo Barbosa incumbiu o engenheiro Júlio Frederico Koeler de construir uma estrada para a Serra que permitisse a passagem de carruagens, uma vez que o Caminho Novo era apenas para mulas e cavalos.

Alemão de nascimento (1804), Koeler emigrou para o Brasil em 1828, para servir ao Exército Imperial. Afastado por problemas políticos, foi contratado para ser Engenheiro Civil na Província do Rio de Janeiro.

A cidade imperial de Petrópolis foi toda planejada: ao contrário do velho estilo colonial português de construir as casas de fundos para os rios, utilizados apenas como esgoto, Koeler criou um plano inovador para a urbanização e preocupado com o meio ambiente, com as ruas seguindo o curso natural dos rios e as casas viradas para eles, mas recuadas, com espaço para amplos jardins. Ainda pode ser visto no centro histórico da cidade.

5. Imigrantes e 5ª capital gastronômica do Brasil:

Para ajudar na construção do povoado, chegaram os primeiros colonos alemães em torno de 1845. Depois chegaram portugueses, que se dedicavam ao comércio; franceses, que vieram aos poucos e se dividiam entre o ramo alimentício e a jardinagem; os italianos, que trabalhavam principalmente na Companhia Petropolitana de Tecidos; os ingleses, que se destacavam na hotelaria e transportes; finalmente sírios e libaneses, todos em busca de realizar seus sonhos de vida, construíram uma cidade cosmopolita e empreendedora, rica em cultura, história e gastronomia.

6. Capital estadual da Cerveja:

A cidade imperial de Petrópolis é considerada o berço da produção de cerveja no Brasil, já que ali surgiu a primeira cervejaria do país: Bohemia, fundada em 1853. Junto com as vizinhas Teresópolis, Nova Friburgo e Guapimirim, Petrópolis faz parte da Rota Cervejeira do Rio de Janeiro, que engloba 23 produtores de todos os portes.

Visite a cidade imperial de Petrópolis em nosso passeio!